2.4.6.1 Observando -
Aprende-se melhor ao observar a partir da borda, não do centro.
Encontre a borda da ação e observe de lá. O especialista australiano em
inovação, Tim Kastelle (2012), descreveu duas formas de filtragem em
formação: por meios mecânicos ou de pessoas. O Google é um filtro
mecânico que utiliza um algoritmo, com base em enormes quantidades
de dados de análise, para fornecer resultados de pesquisa relevantes.
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Sites como o Digg e Reddit usam heurísticas para mostrar o que foi
votado como o mais popular ou interessante. Qualquer um desses tipos
de filtragem são bons para encontrar informações rapidamente, mas seus
meios, muitas vezes, não são conhecidos.
Usar as pessoas para filtrar a informação fornece mais contexto,
mas exige mais esforço para configurar. O desafio em começar com a
gestão do conhecimento pessoal é que os resultados não são óbvios. É
recomendado começar com algo simples, como um bookmarking social
tipo: .
Como um candidato ao conhecimento, deve-se também estar à
procura de outras pessoas que compartilham seu conhecimento. Existem
dois tipos de pessoas que se quer encontrar: peritos e conectores. Às
vezes, eles são os mesmos, mas não sempre. As pessoas que estão à
frente da compreensão dos demais podem ser difíceis de compreender,
pois elas podem usar metáforas, modelos e termos que não se entende
(JARCHE, 2013).
2.4.6.2 Dando Sentido -
Dando Sentido associando conhecimento: comparando,
encontrando termos relativos, ilustrando/visualizando, avaliando, dando
crédito e atribuindo. Adquirindo conhecimento: praticando, fazendo
você mesmo, andando em torno, experimentando. Adicionando valor:
filtrando, validando, sintetizando, apresentando, customizando
(JARCHE, 2013).
Ross Dawson (2012), consultor futurista e de negócios,
identificou algumas maneiras de adicionar valor à informação:
filtragem – separar sinal de ruído, com base em alguns critérios.
Validação – assegurar que a informação é confiável, atual ou apoiada
por pesquisas. Síntese – descrever padrões, tendências ou fluxos em
grandes quantidades de informação. Apresentação – tornar a
informação compreensível por meio da visualização ou da lógica
apresentação. Personalização – descrever a informação no contexto.
O curador e web publisher Robin Good (2017) identificou
algumas habilidades de curadoria: comparar – com crescente
complexidade, sendo capaz de comparar artigos afins torna-se mais
valioso. Boas comparações são bastante úteis. Encontrar itens
relacionados – coletar uma série de recursos sobre um assunto ao longo
do tempo pode ser útil. Por exemplo, ter vários marcadores em espaços
de trabalho compartilháveis que possam ser repassados para pessoas
interessadas. Ilustrar/Visualizar – bons infográficos são muito úteis.
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Avaliar – ser capaz de definir critérios e avaliar a partir de um ponto de
vista neutro pode agregar valor real o que de outra forma seriam apenas
dados.
2.4.6.3 Compartilhando -
Compartilhando conhecimento: colocando em ordem, definindo,
ensinando, escrevendo, auxiliando quem procura, respondendo, criando
meta e conhecimento, reformulando o problema, validando, legitimando
(JARCHE, 2013).
O autor e professor Clay Shirky (2010) trouxe à tona o conceito
de excedente cognitivo, que é o resultado do tempo de lazer que se
ganhou há cerca de 50 anos. Sendo uma sociedade em estado de choque
que ainda não tem as ferramentas para lidar com todo esse intervalo de
tempo, o vazio é preenchido pela televisão. Shirky (2010) diz que a
televisão coletivamente consome cerca de 200 bilhões de horas dos
americanos por ano. A Wikipédia só precisou de 10 milhões de horas
para chegar onde está hoje como a enciclopédia on-line líder. A
sociedade é capaz de contribuir para mais esforços ao estilo Wikipédia,
mas muitos ainda não sabem como. As instituições da sociedade não
prepararam o cidadão para ser contribuinte permanente do conhecimento
humano, pois ele tem sido levado a acreditar que esse é o domínio dos
“especialistas”.